25 - Lugar de pertencimento

Hello!

Meu nome é Cosme Faé, sou Minimalista Influencer, Indie Maker e Designer Futurista.

Se você é uma pessoa nova por aqui, você  está ouvindo o Hello Faé Cast. Um podcast sobre estilo de vida que faça sentido e produtividade sem ser coach. Não vou iludir vocês com a frequência que posto um novo episódio, mas se estiverem ouvindo pelo Spotify aperta no sininho para ser notificado cada vez que tiver um episódio novo.

Hoje vou falar sobre lugar de pertencimento. Não só na nossa vida pessoal, mas também na nossa vida profissional. Até porque, querendo ou não, se a gente existe, pertencermos a algum lugar, nem que seja por fração de minutos.

Tantos sentimentos e vontades apareceram desde o começo da pandemia por aqui e esse foi um assunto que mexeu muito comigo. De verdade!

Pra continuar esse papo dá um play no último episódio, “Virei nômade digital”, se quiser pegar o fio da meada mais detalhado.

Bom, o bichinho do “lugar de pertencimento” me mordeu forte no coração ano passado e eu já não me sentia tão confortável no apartamento em que eu estava. Pra falar a verdade, nem mesmo no Rio de Janeiro naquele momento. E esse desconforto não significa que estava num apartamento sem estrutura acolhedora. Pelo contrário, era uma energia incrível que tinha lá.

Mas eu pude identificar alguns dos motivos dessa ausência de lugar de pertencimento:

  • Pela sede de conhecer rotinas novas;

  • De conhecer padarias que nunca vi;

  • De ouvir pessoas falando umas línguas diferentes;

  • De conhecer pessoas diferentes;

  • E o mais importante, de viver com menos.

Esse último ponto eu sabia que seria o mais importante. Viver com menos! Quer saber a verdade? Eu já imaginei que iria liberar espaço para prestar mais atenção em mim e no que é importante.

Quando eu entreguei meu apartamento, minhas coisas e peguei o avião sem rumo 100% certo, eu só pensei: “Brother, e agora? O que você vai fazer quando chegar lá? Vai ficar quantos dias em cada lugar? Vai dormir onde nos lugares?” Mas a ideia era exatamente essa!

Se eu queria me achar, eu precisava me perder no destino.

É meio clichê , eu sei! Mas é real!

Frio na barriga? Perrengue? Claro! Impossível não acontecer. Só se eu fosse multi-milionário ou herdeiro, daí seria menos intenso.

Quem tira uns meses ou o famoso ano sabático passa ou já passou pela mesma questão: quer se encontrar. E foi, muitas vezes, se perder um pouco.

Essa jornada não vale apenas pra vida pessoal. Quem nunca mudou para um novo trabalho só porque não sentia mais esse lugar de pertencimento onde estava? Ou até mesmo mudou toda uma carreira por que o bichinho do lugar de pertencimento te mordeu?

Fico observando que o lugar queria que você pertencesse à ele, e que tava até tudo ok por lá. Mas vem esse bichinho morder e a gente fica com sede do novo, da paixão efervescente do desconhecido.

Tô, na real, aqui pensando o seguinte, saca só. O lugar de pertencimento é intenso em 3 fases:

  1. Quando somos mordidos por ele e percebemos que queremos mudar algo;

  2. Quando estamos no limbo do desconhecido e com pouca rota definida;

  3. E, finalmente, quando chegamos no lugar que queremos pertencer.

Quando a gente passa por essa incerteza do que quer e entra no modo aventureiro, vamos questionar o lugar de pertencimento de novo, cedo ou tarde.

Eu me vejo muito nesse lugar, nessa visão de mundo. Olhar essa montanha-russa da vida e saber que eu posso escolher onde eu quero pertencer, me dá vontade de viver 3 vidas num dia. De ser menos ansioso com o lugar que escolhi estar agora, nesse momento, sabendo que posso virar tudo de cabeça pra baixo em qualquer momento da vida. De novo.

Mesmo que eu tenha luminárias, cadeiras, televisão. Posso vender, doar ou guardar para outro momento do Cosme no futuro. Lembrar bem que meu CEP não me define. Esse bairro do Rio de Janeiro é um respiro poético de outros tão incríveis quanto ele. Estou reparando que estar bem comigo é a chave para tudo fazer sentido. De se entregar às pessoas que ama é foda. Que tudo é temporário. Toda essa sede pelo novo é agoniante e excitante ao mesmo tempo.

Como diria a nova música tendência carioca: “as perdidas são as mais procuradas”.

Obrigada por ouvir mais um episódio do Hello Faé Cast. Te vejo no próximo!

Tchau!

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