26 - Fale inglês rápido. Pergunte-me como!

Hello!

Meu nome é Cosme Faé, sou Minimalista Influencer, Indie Maker e Designer Futurista.

A nova temporada do Hello Faé Cast demorou, mas aqui estou de volta. Vocês sentiram minha falta? Esse episódio é pra vocês que estão naquela missão de aprender uma nova língua. Todas as dicas, histórias e “hacks” que vou contar aqui são especialmente pra inglês, mas com 100% de chance de você aplicar pra qualquer outra língua.

De todas as línguas, por que aprender inglês?

Rapidamente posso te dar três motivos:

1. A primeira razão é que o inglês é a língua universal dos negócios. Se você quer se destacar no mercado de trabalho global, é fundamental dominar o inglês. Muitas empresas internacionais exigem que seus funcionários falem inglês e muitas oportunidades de carreira só estão disponíveis para aqueles que falam inglês fluentemente.

2. A segunda razão importante é que o inglês é a língua principal da internet. A maioria dos conteúdos no mundo em sites, blogs e redes sociais estão em inglês. Se você quer acessar a informação mais atualizada e relevante, é fundamental saber inglês.

3. Por último tem o fator cultural incrível: saber inglês – o suficiente – abre as portas para conhecer outras culturas e pessoas de todo o mundo. Se você viaja ou ama viajar, pode se comunicar com facilidade e se divertir muito mais por aí.

Repare que essas razões são muito mais – acho que eu posso dizer – contemporâneas do porquê o inglês se tornou tão influente. Se voltarmos algumas casas nesse jogo da vida tudo se resume em... – que rufem os tambores – DINHEIRO. É sério! O principal fator é que o inglês é a língua oficial de países como os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália, por exemplo. E o que eles têm em comum? São potências econômicas e culturais mundiais, e isso também contribuiu muito para o inglês se tornar a língua principal para se aprender.

No ranking das línguas mais faladas do mundo a gente percebe que o inglês tem um impacto tão grande que, como Segunda Língua, o inglês é mais falado até que o Mandarim (que também possui um número grosseiro de falantes). E por curiosidade, acreditem ou não, o Português é a quinta mais falada do mundo. Vou deixar na descrição do episódio o ranking, só à nível de curiosidade.

Agora deixa eu contar pra vocês como conquistei uma carreira global e conheci pessoas ao redor do mundo por ter inglês como segunda língua.

Iniciei meu primeiro contato com uma língua estrangeira por conta do meu pai e meu avô. Ambos eram fluentes, autodidatas na língua inglesa e por conta da minha ascendência, também tive uma proximidade, quando criança, com o italiano. Confesso aqui que lembro muito pouco do contexto em italiano, e só recentemente resolvi me aventurar também com essa outra língua, essa terceira.

Sempre tive aulas de inglês na escola, de forma bem rasa e com pouca vivência. Aquela 1 horinha na semana só pra compor a grade curricular. A gente já tá acostumado né? Novidade pra ninguém. Eu não viajava pra fora do país quando criança e dentro de casa o contato era bem pouco. Aprendia uma palavra ou outra dentro de casa com meus familiares, no máximo. Nunca tive uma imersão em inglês, sabe? E então, como todo jovem que tem apenas essas aulas na escola, o meu aprendizado sumia mais rápido que influencer de TikTok.

Cheguei a sobreviver 1 ano de inglês num cursinho que pedi pra minha mãe me matricular, enquanto estava na sétima série. Mas, posso falar à verdade? O curso era até bom, até porque me prendeu por 1 ano, mas como as dinâmicas nas aulas eram poucas, não via evolução clara e nítida de aprendizado e, no primeiro homework (tradução livre: dever de casa) atrasado, eu simplesmente pedi pra sair. Como o foco total mesmo eram as notas altas da grade principal, nunca fui pressionado pelos meus pais a atividades extracurriculares. Apesar de inglês ser importante, eles me devam esse espaço de escolha naquela época. Acho que hoje, as coisas seriam um pouco diferentes, provavelmente.

Se passaram bons anos e o Cosme decidiu estudar Design e Tecnologia. Não preciso dizer que a brincadeira começou a ficar desconfortável com esse lance de segunda língua ser o inglês, né? Eu via meus colegas de classe, em sua maioria muito fluentes e alguns o suficiente pra se virar muito bem com o inglês. Adivinha o que aconteceu? Fui reprovado em inglês na faculdade. Sério! Eu fiquei indignado que fui reprovado em inglês bem técnico sobre matérias que eu já dominava, e também tinha um enorme interesse. Levei pra vida esse lindo aprendizado: a gente, na real mesmo, só tem poder de ação pra mudanças quando o incômodo começa a se tornar mais frequente e mais intenso, e então a gente acaba passando por cima de qualquer procrastinação ou desinteresse. Óbvio que, um pouco mais de esforço em estudar o que precisava, eu consegui refazer a matéria e fui aprovado na aula de inglês técnico da faculdade.

Mas aí que surgiram OUTROS pensamentos: e se surgir uma oportunidade de carreira na minha vida que dependesse de dominar o inglês? Eu juro pra vocês que nem se passava na minha cabeça o aspecto cultural e de conhecer o mundo. Eu estava, real mesmo, preocupado com meu futuro profissional. Eu sempre quis ser alguém reconhecido profissionalmente. E eu via que todos os profissionais que eu admirava na época, que trabalhavam em atividades próximas do que eu fazia, design e tecnologia, falavam fluentemente e tinham uma carreira, de fato, internacional. Sabia que o futuro morava ali e saquei que, mais cedo ou mais tarde, eu ficaria frustrado por algo que só dependia de mim.

Logo depois que me graduei nos meus 22 anos, eu comecei uma jornada insana de pesquisar e usar toda rede social, usar das mais diversas técnicas que conhecia e formas de aprender uma nova língua. Lembro que uma vez eu cheguei a ficar com febre por ficar sem dormir direito por dois dias seguidos estudando inglês numa rede social de línguas que tinha descoberto. O site era o Livemocha. Eu amei a interface dele de aprendizado, sabe? Esses dias fui ver que ele foi comprado por outra rede social famosinha atualmente, chamada Rosetta Stone. Naquela época, ainda nem existia o maravilhoso Duolingo, que eu vou falar um pouco mais pra frente.

Então, você que está aí achando que está velho ou velha demais pra aprender uma nova língua, pode parar de palhaçada e aproveitar o melhor que a psicologia educacional e aprendizado de máquina (machine learning, pros íntimos) pode te proporcionar.

Você pode me dizer: “mas Faé, crianças pequenas têm uma capacidade natural de absorver e aprender novas línguas com mais facilidade, porque elas têm plasticidade cerebral e capacidade de imersão na língua”. É, também não vou mentir pra vocês! É comum observar que crianças que crescem em ambientes bilíngues tendem a ter habilidades avançadas em ambas as línguas. Quem nunca viu um Reels no Instagram ou um TikTok de crianças brasileiras que moram com os pais na gringa falando “benzão” ambas as línguas, de zoeira, jogando Playstation?

E deixa eu te contar um segredo que pouca gente sabe. Adultos têm a vantagem de terem maior capacidade cognitiva e uma maior bagagem de conhecimento por conta de viagens, situações de vida, pessoas que conheceu, muita leitura, filmes, séries. E o que foi ponto principal no meu caso: adultos podem ter SANGUE NOS OLHOS, ou seja, motivação e objetivos claros para aprender um novo idioma. Isso, com certeza, é a chave.

Deixa eu voltar sobre o método de aprendizagem que estava falando, e como de fato eu me tornei fluente. E eu espero que você tenha chegado até aqui nesse episódio, e que eu tenha conseguido te inspirar, ou pelo menos prender a sua atenção, pra você entender a minha linha de raciocínio.

Bom, método de aprendizagem:

O mais importante é encontrar um método de aprendizagem adequado e manter uma prática regular e consistente. Soou bonito, né? Mas essa minha frase se aplica pra qualquer coisa que queiramos aprender ou até criar um novo hábito.

Eu ficava entediado usando o mesmo app ou rede social de aprendizado de uma nova língua por muito tempo. Então, eu comecei a mergulhar em alguns ao mesmo tempo. Vamos lá:

  • Engvid: ele é um grande repositório de vídeos (atualmente somam 1.952) com maravilhoso filtro por nível, tópicos e professores. Eu ficava horas assistindo alguns, até curiosos sobre como flertar em inglês, sobre arte e design em geral. Tem muito conteúdo sobre muita coisa interessante.

  • Meu celular, computador e sites que eu usava, a língua principal era Inglês. Sempre. Isso era MUITO importante. De verdade. O grande lance é sempre ir se rodeando com aquela língua que você quer aprender.

  • Assistia desenho animado na Netflix com legenda em inglês pra absorver algo. Mas, deixa eu confessar que se você for muito iniciante, depois de alguns episódios fica um pouco cansativo. E hoje em dia tem algumas extensões pro seu navegador – não sei se você usa o Chrome, Safari ou Firefox – que você assiste Netflix com legenda em inglês e a tradução ao mesmo tempo também. Um pouco de google e você vai descobrir essa extensão, mas se eu achar a tempo eu coloco na descrição desse episódio.

  • Na época, também comprei um livro de gramática que eu odiei. Não recomendo. De verdade. Vídeo funcionava muito melhor pra gramática de algo em específico. Mas se você quiser comprar e tiver mais disciplina que eu, mandou muito bem.

  • Se eu via um site novo com uma experiência diferente de aprendizado eu testava por um tempo também. Não tem tempo ruim, o importante é você criar sua própria rotina. Eu deixei aqui como eu fazia na época, que é bem diferente de como eu faço em dias atuais. Até porque, psicologia educacional e aprendizado de máquina tem evoluído muito desde a época que eu comecei a estudar inglês. Eu falei sobre isso um pouco antes, né?

Repare que os próximos passos foi porque, aos trancos e barrancos, fui absorvendo alguma coisa da forçada de barra que eu dei. Foi o mais inteligente e produtivo? Certeza que não. Mas foi o que eu tinha disponível na época, ao me redor e com o nível de resiliência que eu tinha. Respeito muito essa minha jornada de aprendizado.

E assim fui me arrastando por um tempão até uns grandes marcos de aprendizado que considero e vou colocar em linha do tempo.

  1. Me inscrevi há muito tempo atrás no English Live (que na real na época era outro nome que não consigo lembrar agora). É uma plataforma muito completa com aula em grupo, particular, várias dinâmicas interativas, como também tem no Duolingo em dias atuais e tudo muito bem organizado. Com certeza você já esbarrou com alguma propaganda na televisão, ou até no meio de algum vídeo do YouTube por aí. Ele foi o único que conseguiu me prender por uns 3 ou 4 meses. Nunca mais esqueço da imersão que fiz todos esses dias, durante 30 dias das minhas férias. Foi nessa época que eu realmente me senti próximo de um nível intermediário. Demorei para atingir esse nível? Demorei. Talvez porque eu estava atirando pra tudo quanto é lado, e eu não tinha uma linearidade nos meus estudos, e nem uma plataforma completa como poderia ter hoje em dia. Fiz amizade com um chinês muito paciente que, na época, conversa por voz comigo no Skype. Inclusive ele trabalhava na Microsoft. Eu tentei voltar a usar, anos depois, o English Live, mas não tive tanto foco assim. Inclusive quero reforçar aqui que, na época, com meu inglês iniciante lá pelo intermediário, nossa|! Aquele cara tinha MUITA paciência comigo.

  2. Enquanto a vontade de acessar a plataforma online deslisava ralo abaixo, porque eu fui percebendo que a minha frequência de uso depois dos 30 dias de férias, voltando a trabalhar, estava diminuindo demais. Eu contratei duas vezes na semana, com meu suado dinheiro, um professor particular gringo aqui no Brasil que atendia dentro do escritório que eu trabalhava. Ele foi indicação, na época, de alguns amigos que faziam aula particular com ele e já tinham uma fluência em inglês muito maior que a minha. Inclusive estavam estudando para tirar a certificação do IELTS. Era muito cômodo estar ali e eu nunca conseguia matar aula. Ele, literalmente, me buscava na minha mesa de trabalho na hora do almoço ou no final do expediente. Quero confessar que tinha dias que batia uma preguiça horrorosa de ter aula de inglês, de falar inglês. Eu só queria ir pra casa, dormir e ver série.

As aulas de inglês duas vezes na semana aconteceram por um período de 1 ano, mais ou menos, até que fiz as contas e decidi fazer intercâmbio de inglês. Pensei: se eu usei as minhas férias de trabalho pra aprender em casa sozinho, faz mais sentido investir num intercâmbio. Por N motivos, vocês sabem né? O primeiro deles, grande imersão. O retorno cultural seria incrível (eu nunca tinha viajado pra fora do país antes) e o investimento financeiro iria voltar, cedo ou tarde, ganhando em dólar ou em outra moeda forte. A conta estava dando saldo positivo em todos os aspectos possíveis na minha cabeça. Até porque, quando a gente quer algo, nós somos as melhores pessoas pra nos convencer, né?

Naquela época que já tinha uma admiração enorme pelo Canadá. Até que comecei a ler e estudar um pouco mais sobre a vida australiana e me apaixonei pelo estilo de vida (lifestyle em tradução livre). Decidi, então, juntar também meus suados dinheiros e fazer intercâmbio em Sydney, na Austrália, por 35 dias mais ou menos. Lembra sobre a principal vantagem de se aprender algo depois de adulto? Motivação e objetivo claro. Agora eu tenho um horizonte CERTO. Vou estudar inglês num país gringo. Muito chique, né? Fala sério. Pouco ansioso que sou, já fui manifestando esse acontecimento em tudo qualquer lugar. A língua inglesa no celular e no computador, não era mais inglês americano, era “inglês australiano”. O wallpaper (fundo de tela) do computador já tinha o Opera House. Meu irmão, poucos meses antes de mim, foi estudar na mesma escola que eu iria me matricular. Já foi me falando como era o dia a dia, os professores, estilo de vida australiana, histórias engraçadas e tudo mais.

Foi então que decidi, poucos meses antes da grande viagem: contratar um professor brasileiro que, além das aulas de conversação em inglês que eu já fazia, estudar apenas gramática e redação. Justamente o que fiquei afastado por muito tempo por simplesmente achar a coisa mais chata do mundo. Mas eu forcei a barra porque queria tirar o melhor daquele momento na gringa. Não foi legal. Foi chato e era presencial. Mas eu via o quanto era muito necessário a cada pilha de papéis com correções enquanto voltava de ônibus pra casa naquelas noites.

O intercâmbio na Australia foi um rito de passagem na minha vida. Minha visão de mundo mudou a partir dali. Todo mundo que me conta que tem um plano sólido de fazer intercâmbio, os meus olhos já brilham e peço pra que me leve junto na mala porque é uma experiência que eu boto fé para qualquer pessoa.

Me lembro até hoje de ficar alucinado chegando em Sydney e indo direto na lanchonete do aeroporto pedir algo pra comer em inglês. Eu via tudo escrito em inglês, todas as pessoas falando em inglês. Consigo lembrar do meu sentimento eufórico por ver tanta coisa diferente que respirei por anos. Agora eu estava finalmente imerso vivendo a realidade daquilo que eu estudei por muito tempo.

Anos se passaram, as aulas de inglês particulares continuaram, meu computador e celular também continuaram com a língua estrangeira que, naquela época, já sentia como segunda língua. O foco maior após o intercâmbio eram aulas particulares para um assunto específico: inglês para negócios e entrevista de emprego.

Usei plataformas como Italki e Cambly, onde pagava assinatura e contratava a hora de professores nativos pra falar sobre tecnologia e design.

Também contratei a Bianca Miranda da Globaw, que se chamava “Inglês para Entrevista” na época. Como o antigo nome já ajuda a decifrar: ela tem um programa de mentoria incrível que me preparou pra ser entrevistado por QUALQUER empresa no mundo. Ela construiu uma narrativa da minha vida profissional e apertou tão bem nas perguntas que foi até fácil seguir na minha carreira internacional depois. Não se engane que ela vai pegar leve contigo. Ela me preparou para o pior cenário de uma entrevista em inglês. Mas é claro que teve todo um repertório meu de aprendizado antes de chegar nesse lugar, né? Inclusive, recentemente dei uma entrevista para o podcast dela sobre carreira internacional. E estou ansioso de ver no ar logo. A mentoria da Bianca Miranda da Globaw valeu cada centavo. O link da Globaw vai estar na descrição desse episódio também, caso vocês tenham interesse em conhecer mais a mentoria da Bianca.

Até que foram surgindo oportunidades de trabalhar em empresas e projetos 100% em inglês. E o obstáculo da língua inglesa não era mais pauta. Foi então que o orgulho apareceu de verdade aqui dentro do peito.

Apesar de elogios dos meus chefes gringos sobre meu inglês, eu ainda sinto necessidade de lapidar mais. Mas sinto, de verdade, que com cada pessoa que trabalho ou conheço em viagens, vou cada vez aprendendo algo novo, por causa de sotaque e base cultural e profissional diferentes. Até porque, eu sempre digo pra quem tem falta de confiança em outra língua: a gente não precisa recitar Shakespeare numa vídeo-chamada! Basta ser compreendido e fazer um excelente trabalho.

Em tempos atuais, eu recomendo ainda boa parte das dicas e “hacks” que eu dei e parte da jornada que trilhei até aqui como um profissional global.

Mas posso colocar um extra aqui, pro meu próprio ranking, de como aprender uma nova língua, no caso, inglês?

  1. Invista em um intercâmbio. Não importa se for em Dublin, Canadá, Londres, Estados Unidos ou Austrália. Faça um! Você precisa de imersão e vivência. Confia no Faé. Pode parecer caro estudar fora se você recebe seu salário em uma moeda fraca como o Real. Muitos profissionais conseguem multiplicar por 4 seu valor por hora só por ser um profissional global. Caro mesmo é tudo que você investe dinheiro e não tem retorno. Se você trabalha de home office, de casa, ou até mesmo remoto totalmente, negocie com sua empresa alguns meses fora pra estudar. Incentive, talvez, ter uma verba para investimento educacional propondo pagarem ao menos o curso de inglês e o resto é por sua conta. Tente negociar uns meses nessa imersão. Ou, no pior dos casos, fique ao menos os seus 30 dias de férias, como eu fiz. Você não vai se arrepender.

  2. Enquanto você junta essa grana de forma inteligente sobre intercâmbio, tente viver a língua o máximo possível até lá. Tente contratar um professor de inglês nativo e depois um brasileiro (não importa a ordem). Eu gosto de misturar nacionalidades, principalmente o professor de inglês brasileiro, pois tem uma visão mais rígida sobre pronúncia e estrutura gramatical. De novo, confia no Faé. Faz muito sentido misturar professores com diferentes nacionalidades.

  3. O último ponto: Se você tiver apetite pra, ainda assim, estudar mais online no seu cronograma da semana use o app Duolingo e pague a plataforma Fluency Academy.

Agora, se vocês me permitem, eu quero fazer uma explicação um pouco mais completa de porquê o Duolingo e o Fluency Academy. Vamos começar pelo Duolingo.

O Duolingo atualmente é a maior plataforma educacional e mais baixada nas lojas de aplicativos. E por que isso é relevante? O Duolingo tem uma base surreal de pessoas usando, que somam uns 500 milhões, e com tanto dado assim de uso eles conseguem observar padrões de comportamento de uso e engajamento pra “hackear” a forma que a gente aprende uma língua. Meio que ele consegue entrar no teu cérebro, usando aprendizado de máquina pra te mostrar conteúdo, frequência e contexto no momento certo.

É o poder da tecnologia, galera. Eles têm um time de cientista de dados, design e engenharia pra traduzir tudo isso em uma experiência moldada pro seu cérebro, especialmente pro seu cérebro. O time de pesquisa deles avaliam todos esses comportamentos de uso, de 500 milhões de pessoas, e usam ciência cognitiva e pesquisa de psicologia educacional. Na plataforma, nada é por acaso. Os testes que passam ao longo do aprendizado, eu estava pesquisando, são baseados no conceito de “testing effect”, onde a memória de longo prazo só aumenta quando parte do período de aprendizado é dedicado à lembranças. Esses testes que ele passa, se você perceber, são como uma ferramenta de ensino e não como um modelo tradicional de avaliação, como vemos por aí. A ferramenta está te propondo te ensinar e não te avaliar com os testes. Entende a diferença? Eles usam modelo matemático pra personalizar o que entrega de conteúdo pra você, no momento certo, baseado na sua própria curva de esquecimento. – Caraca, isso é muito lindo! Sério! – Daí entra a repetição espaçada no tempo adequado, pra retenção de informação ser cada vez mais sólida na nossa cabecinha.

Por último, estava pesquisando um pouco os documentos científicos do Duolingo e vi um artigo recente publicado que falantes nativos de Português, após terminarem o módulo básico do Duolingo, alcançaram logo em seguida o nível Intermediário da plataforma. Lembra quanto tempo eu demorei do básico para o intermediário? Então, olha essa pesquisa deles. Que incrível! Baseado nos dados que ele tem disponível de uso da plataforma. Semelhante a um estudo que eles fizeram recentemente, onde falantes nativos em Espanhol também passaram do básico ao intermediário de uma forma bem favorável. Incrível, né? Os latinos tirando onda, usando o algoritmo da plataforma pro melhor possível.

Agora sobre a Fluency Academy.

Antes de falar sobre a Fluency Academy, na verdade, só quero dizer que eu não fui patrocinado e esse episódio não tem nenhuma afiliação com o Duolingo ou a Fluency Academy. Inclusive, Rhavi Carneiro da Fluency Academy ou Duolingo se quiserem patrocinar algum próximo episódio ou conversar comigo, fiquem a vontade que eu estou aqui disponível, tá? Mas, agora falando sério.

A Fluency Academy foi fundada pelo influencer Rhavi Carneiro que criou seu próprio método de aprendizado. Hoje a plataforma conta não só com o idioma inglês, mas também Espanhol, Italiano, Francês, Alemão, Coreano, Japonês e até mesmo Mandarim. A plataforma é super completa, com uma jornada de aprendizado bem organizada e ferramentas únicas criadas só pra Fluency Academy. A cereja do bolo, além do método de aprendizado do Rhavi Carneiro, que é bem especial, é o aspecto humano que a plataforma tem: TODOS os professores, de qualquer língua, são muito divertidos, fluentes (óbvio, né?) e muito dinâmicos. Parece que você está estudando com seu melhor amigo. Você pode ver isso no Youtube e Instagram, que todos os professores postam conteúdo diários sobre cada língua. Ao contrário de plataformas com proposta semelhante, como a EF English Live, que é bem industrializada e global. Que, como mencionei antes, eu tive uma experiência boa por um tempo, mas na época não existia a Fluency Academy. Uma observação importante sobre a EF English Live: eles têm uma abordagem comercial terrível, muito igual os cursinhos de inglês franqueados onde você tenta cancelar o plano e eles ficam tentando, por horas, te convencer por telefone à continuar pagando por metade do preço e o dobro de aulas de graça até o final desse semestre. Mas só desse semestre, tá?

Com o avanço de tecnologias de inteligência artificial construindo, por exemplo, ferramentas de processamento de linguagem natural, a gente consegue ter modelos de aprendizado cada vez mais customizados pra nossa mente. E quanto mais o uso por grande escala de pessoas, mais fácil será aprender numa nova língua, independente da idade e do contexto social que você está inserido. E isso é incrível. Na real, não só pra línguas, mas para qualquer assunto.

Tecnologia, psicologia e educação estão cada vez mais unidas. É um momento mágico e incrível que a gente está passando.

A gente está chegando no fim desse episódio mega nerd sobre novas línguas e inglês, especialmente. Falamos até sobre comportamento de uso e ciência de dados.

Você sabia que consegue também ler na íntegra esse episódio no meu site? hellofae.com/podcast. Todos os outros episódios estão lá também, com um player pra poder ouvir enquanto você lê.

O que vocês acharam desse episódio? Gostaram das dicas? Compartilha, por favor, por aí pra mais pessoas saberem desses “hacks” para aprender inglês logo, ou qualquer outra língua, e abraçar esse mundão lindo com novas experiências.

Um abraço forte e eu estou criando um roteiro já para o próximo episódio.

Tchau tchau!

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