24 - Virei nômade digital

Hello!

Meu nome é Cosme Faé, sou minimalista influencer, Indie Maker e designer futurista.

Antigamente, toda sexta-feira às 11:00 da manhã, um novo episódio era publicado automagicamente aqui no Hello Faé Cast. Mas vocês devem ter percebido que essa rotina deu uma pausa por aqui. Eu estava com muita, mas muita saudade de falar aqui com vocês nesse podcast.

Vira e mexe recebo perguntas de algumas pessoas do por quê eu me intitulo também um “Indie Maker”. Você sabe o que é um Indie Maker? Indie Maker é um criador independente. A gente cria projetos com recursos próprios, muitas vezes sem investimento, cuidando de todas as áreas: programação, design, marketing.

Estudar e ter experiência com algumas dessas áreas tornam os Indie Makers profissionais muito disputados no mercado de trabalho por motivos óbvios, né? A gente consegue, além de debater sobre esses assuntos com certa profundidade, lançar pro mundo uma empresa ou projeto em pouco tempo.

Recentemente eu traduzi o site do desenvolvedor francês Thomas Sanlis que diz tudo o que você precisa saber sobre ser um Indie Maker. É uma página bem curta e com muita informação relevante. Acessa lá que o site ficou bem maneiro: https://www.whatisanindiemaker.com/pt-br. O link também se encontra na descrição desse episódio.

Só pra lembrar que cada episódio do Hello Faé Cast é transcrito no meu site hellofae.com onde você pode ler ou acessar outros conteúdos interessantes, como a sessão “Como construir seu home-office perfeito”.

Nenhuma surpresa pra quem me acompanha no Instagram a minha recente vida nômade digital. Desde os primeiros episódios do podcast, eu trouxe aqui assuntos que me faziam refletir muito sobre me deslocar um pouco de uma rotina construída e adaptada ao longo da pandemia.

O Episódio número 23 que trago o tópico "Vida como um serviço" foi a última pista desse meu movimento nômade digital.

Deixa eu explicar como isso aconteceu.

Eu puxei o tapete da rotina de uma vez por todas antes de embarcar nessa vida nômade. Eu literalmente estava bebendo um Negroni com minha amiga Pat em São Paulo e, no final da conversa sobre grandes mudanças na vida curta que temos, me despertou uma grande vontade de resetar TUDO.

Simplesmente no meio do voo para o Rio de Janeiro, preparo um e-mail para a administradora do meu apto que iria entregá-lo o mais breve possível. E foi assim que tudo começou. Em um piscar de olhos! Sem o Cosme mega planejado que levaria tudo pra uma grande planilha no Google Drive ou pensaria antes em todos os desdobramentos que isso poderia dar.

Inclusive tem um vídeo mega legal que eu postei no meu Instagram onde eu resumi bem a entrega do meu apartamento e o que eu estava sentindo com aquilo tudo. Vou deixar o link rápido na descrição desse episódio ou vocês podem ir no meu site. O link ficará na transcrição desse episódio também.

Eu juro que estava precisando de uma reviravolta assim. Eu tinha que me afastar da minha rotina, do que eu achava que me pertencia e sentir algo novo. Ou sentir as mesmas coisas mas de forma diferente.

Alto lá você achando que eu fui tão "vida louca" de largar tudo da noite pro dia. Ou aqueles influencers que só contam como foi o resultado e falam que isso é a fórmula que vai dar certo pra todo mundo. Como se fosse apenas entrar numa Kombi Azul hipster e fazer story com café por aí pelas montanhas.

Lá no começo do podcast, eu gravei o Episódio 06 "Minimalismo nas finanças pessoais" e pouco depois dou várias dicas iradas no Episódio 13 "5 hacks da minha vida financeira (versão 2021)". Não por acaso eu consegui tomar essa atitude da noite pro dia justamente porque tive uma saúde financeira que o Gustavo Cerbasi e o Primo Rico ficariam orgulhosos. E falando sério, não é coisa de rico. Nem de classe média eu falaria. Com essa maturidade financeira, eu chamaria de Pobre Premium (risos).

Não só por ter uns trocados reservados na conta esperando algum movimento importante, mas também por já exercitar a atitude de cada vez mais ter menos coisas materiais na minha vida. Vocês já repararam que foi um processo de anos falando e respirando essa forma de pensar. Já vinha doando roupas e objetos que não usava há tempos. Minha mudança foi simples e prática. O que demorou mesmo foram questões burocráticas com a administradora do apartamento. Mas essa parte chata da história nem vale contar. Quero só agradecer ao meu irmão, Anderson Faé, que me ajudou em boa parte dessas questões burocráticas.

Um pouco antes da nova variante do Corona aparecer, eu já estava em terras brasileiras para passar o Natal perto da minha família. Como estamos ainda nessa jornada pandêmica no mundo - não tão grave como no começo por conta do número de vacinados - o mundo está ainda restrito de N formas. Testes de COVID, isolamento, máscara e restrições de atividades nos deixam em processo de exaustão. É como eu falo sobre minimalismo por aqui: quando temos muito para gerenciar, isso sempre consome mais energia da gente.

Nesses últimos meses eu tive a oportunidade de explorar experiências morando em lugares como:

  1. Barcelona

  2. Lisboa

  3. Porto

  4. Madrid

  5. E a cidade medieval mais linda do mundo: Salamanca (que inclusive eu nem ia visitar e fui por um convite de última hora do meu casal de amigos Breno Eudes e Carol)

Já tinha explorado antes uma boa parte da Europa. Tenho muito o que visitar ainda, mas resolvi morar e viver uma vida normal nesses lugares. Menos vibe turística possível. Por conta do fuso horário e horário de verão europeu eu consegui explorar bem cada lugar, visitar grandes amigos e trabalhar mais que no Brasil também. No começo, em processo de adaptação, acabava trabalhando muitas madrugadas à dentro. Mas o processo foi tão leve que não me sentia exausto pelo trabalho de forma alguma. A excitação por brindar um pôr-do-sol diferente todos os dias me dava um gás absurdo pra viver mais intensamente.

Venho também trazer o evangelho da terapia aqui hoje, meu povo. Me ajudou bastante a refletir sobre tudo o que estava acontecendo. Eu me senti mais vivo do que nunca nesse período. As fronteiras do mundo que existiam na minha cabeça são bem menores hoje, entende? Criei uma rotina nessas cidades. Eu já era reconhecido pela recepcionista do Crossfit e pela dona da cafeteria. É uma sensação bem acolhedora.

Tiveram, claro, altos e baixos. Exemplo de momentos que não queria ficar só, mas aconteceu. É claro que o saldo foi mega positivo. E como toda decisão importante vêm depois grandes reflexões. Aprendi com isso tudo que o Cosme de hoje precisa ter um “lugar de pertencimento”. Ter um cantinho pra chamar de seu. Voltei a escolher o Rio de Janeiro como base por um tempo a mais. Mas agora estou me enxergando como cidadão do mundo. Trabalhando e viajando por aí por algumas semanas ou meses. Até mesmo por um período exclusivamente a trabalho, quem sabe. Porém, com um sentimento de que eu posso, quando quiser, voltar pro espaço onde tem minha energia, meu porto seguro. Minha casa.

Aprendi também que essa vibe eu posso construir em qualquer lugar que eu chamar de lar. Mais que tudo, esse rito de passagem me fez valorizar muito uma boa roda de amigos, uma parte da minha família, e muitos outros detalhes pequenos mas que na real são gigantes.

Vem comigo! Como diria a cerveja Budweiser: grandes tempos estão por vir. O mundo mudou de verdade, né? Nada vai ser como era antes.

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Obrigado por ouvir mais um episódio do Hello Faé Cast. De verdade, eu senti MUITA falta de conversar aqui com vocês. Mas voltei agora com a mente e coração mais maduros pra gente trocar outras ideias legais.

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